O que Haddad fez com o Uber é uma palhaçada, afirma pré-candidato Celso Russomanno

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2016 14h40
Eduardo Mainardi/Jovem Pan

Atual deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, desde 2015, lidera as pesquisas com cerca de 33% das intenções de voto.

Conhecido pela sua defesa diária aos direitos do consumidor, Russomanno apresenta o “Patrulha do Consumidor”, exibido pela Record. “o que eu faço todo dia na reportagem, é ir para cima das coisas erradas”, afirma.

Em entrevista ao Pânico desta sexta-feira (20), Russomanno analisou a gestão atual do Prefeito Fernando Haddad. Ele é duro na crítica: “as ciclovias são boas, mas desde que elas tivessem estudos de impacto. Em São Paulo extrapolou todos os limites. Não corrigiram os buracos. Isso não se faz. Você tem que fazer planejamento. Incentivar a economia local, nos bairros periféricos, evitando que as pessoas sigam para o centro todos os dias”.

Questionado sobre a rixa Uber x Táxi, Russomanno afirmou que não se opõe à existência do aplicativo, pelo contrário, o pré-candidato acredita na regulamentação do serviço: “o que o Haddad fez aí, me desculpe, é uma palhaçada. Tem que ser regulamentado de acordo com a lei”, disse.

O advogado acredita, ainda, que outro grande problema da cidade é a a saúde pública. Para ele, se houverem quatro anos de mandato, serão quatro anos de consertos em cima dessa pauta. “É necessário criar estrutura. Os médicos não dão conta, você manda ele para a periferia e ele não vai, porque será roubado e não terá onde comer. Isso é uma questão de administração. Os médicos querem atender bem, se tiverem condição de atender”, desabafou.

Tragédia

No programa, o advogado lembrou a tragédia que deu origem à sua vida pública. Na década de 1990 o deputado perdeu sua mulher por falta de atendimento médico: “era final do campeonato de vôlei e todos os médicos tinham ido assistir ao jogo. As únicas duas médicas eram estudantes”, explica. “Uma delas atendeu minha mulher e não tinha a menor condição. Em 5 horas ela morreu”.

Desde então, Celso luta pela legislação consumerista. Atualmente, ele pretende defender não apenas os consumidores, mas sim a cidade onde eles vivem. “Eu tenho muita vontade de pôr em prática tudo que eu falo no meu dia-a-dia. O serviço público tem que ter qualidade. Se o público não tem dificuldade em arrecadar dinheiro, tem que ser bom. Minha vontade é ir para rua todos os dias e fiscalizar o que está acontecendo”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.