Leandro Hassum elogia Porchat e Tatá e diz que Zorra vai passar por "seleção natural"

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2018 14h22
Johnny Drum/Jovem Pan Ator falou sobre seus novos projetos e comentou o atual cenário do humor brasileiro

Aos 44 anos, Leandro Hassum já é considerado um dos mais populares humoristas da história da televisão brasileira. Mesmo com sua experiência, no entanto, ele também está um pouco perdido nesse momento de transição em que se discute cada vez mais o que é aceitável e o que não é na comédia. Só que isso não é necessariamente um problema. De acordo com ele, precisamos aproveitar a oportunidade para testar o que funciona e o que não funciona para as novas gerações. É o que acontece, por exemplo, com a nova versão do Zorra da TV Globo, antigo Zorra Total, humorístico do qual ele fez parte entre 2000 e 2010 e que nos últimos anos foi repaginado para se tornar menos “escrachado”.

“Acho que tudo é para descobrir. Estamos vivendo um novo momento que é para testar. O Tá no Ar, o novo Zorra e a Escolinha do Professor Raimundo são testes. Virou tentativa e acerto. ‘Isso funciona, isso pegou, isso na TV não rola mas pode viralizar’. Acho só que ser popular para a TV aberta é fundamental. Com a Escolinha já deu, as pessoas estão matando saudades dos bordões, dos personagens. No Zorra cada sábado é uma coisa nova. São testes. Alguns vão ficar outros vão sair. É uma seleção natural”, disse em entrevista ao Pânico na Rádio nesta quinta-feira (12).

E ele não considera que o país está fraco em relação a seus novos comediantes. Fábio Porchat, responsável pelo Programa do Porchat da Record, e Tatá Werceck, líder do Lady Night do Multishow, são os seus nomes preferidos. Assim como o integrante da bancada  Márvio Lúcio, o Carioca, amigo de quem ele se declarou fã.

“Gosto muito do Porchat. Sou fã. Gosto de ele não ter mudado a pessoa que é. Conheço desde que começou e sei disso. Ele é genial. Gosto do Carioca também. Sou seu fã pra caramba. Você é um dos maiores imitadores que nosso país tem. Não só com a voz, você tem uma dedicação em tudo para criar seus personagens. Vocês são diferenciados. E a Tatá é brilhante. Uma pessoa que se encontrou em seu estilo e fez um programa sob medida”, completou.

Hassum apareceu nas capas de todos os tabloides nos últimos anos após passar por uma cirurgia bariátrica e um processo de reeducação física e alimentar que o fez perder 65 quilos. Obviamente esse assunto não ficaria de fora da conversa. Ao ser questionado sobre a época, contou que se sentia “um gordo feliz e saudável” e explicou os motivos pelos quais decidiu emagrecer.

“Muitas pessoas me consideram um exemplo, algumas dizem que traí o movimento (risos). Existe de tudo. Faz parte. Mas eu não fico estimulando ninguém. Se me perguntar, eu respondo. Eu era era um gordo feliz e saudável. Mas a obesidade é uma bomba relógio. Posso ir dormir bem e acodar diabético e ter um infarto. Pô, tenho uma filha, passei dos 40 anos. Você passa a se preocupar mais. E antes da cirurgia tentei todas as dietas. Precisam acabar com a ideia de que a obesidade é porque o cara é relaxado, porco, largado. É uma doença que você escolhe tratar”, declarou. “Só que a cirurgia é uns 40%, o resto é cabeça. Se você se sabotar volta a engordar. Até hoje eu olho comida e quero comer. Se comer, continuo engordando”, completou, alegando, porém, que não se impõe nenhuma restrição, apenas pratica a moderação.

Ainda ao comentar o assunto, revelou um dos momentos mais emocionantes desse processo: o dia em que finalmente aprendeu a surfar. “Era sonho de garoto. Na primeira vez que fiquei em pé na prancha comecei a chorar quando cheguei na areia. O professor achava que eu tinha me machucado. Voltei a ser um menino de 14 anos”, concluiu.

Nesta quinta (12) o artista sobe aos palcos em Americana  com o espetáculo Rindo com Hassum. Na sexta (13), parte para a cidade de Salto. Aos sábados e domingos, está no teatro do Shopping Frei Caneca, na capital paulista. Mais informações podem ser encontradas nesse link.

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