Ex-Trem da Alegria aconselhou crianças do “The Voice Kids”: “vejo nelas o que eu já senti”

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2018 11h46
Johnny Drum/ Jovem Pan

Aos 10 anos, Patrícia Marx se tornou integrante de uma das maiores bandas infantis dos anos 80: Trem da Alegria. Uma das vozes responsáveis por “Uni Duni Tê” e “He-Man”, a cantora sabe bem como é lidar com a exposição desde cedo e exatamente por isso se preocupa com a cobrança que as crianças do “The Voice Kids” podem receber.

No Jovem Pan Morning Show desta segunda-feira (19), Patrícia disse que assiste ao reality musical infantil, mas muitas vezes se lembra do começo de sua própria carreira. “Tem coisas que eu não gosto, como a cobrança que vejo nas crianças para elas se darem bem. Vejo nelas o que eu já senti. Fazer sucesso muito cedo pode ser perturbador”, falou.

Na tentativa de ajudar alguns desses astros mirins, a cantora já aconselhou participantes por meio das redes sociais. Ao receber mensagens de duas meninas que cantavam suas músicas, ela resolveu compartilhar o que já havia aprendido. 

“Eu falei: não liguem para elogio nem fama. Cantem com o coração e sejam vocês mesmas porque quem canta com o coração é quem toca as pessoas”, lembrou ao contar de algumas das experiências ruins que teve na carreira infantil.

“Uma empresária do Trem controlava a gente pelo fio do microfone [no palco]. Uma vez ela puxou meu fio, me beliscou, disse ‘não vai fazer mais isso, segue a coreografia’ e me jogou de volta para o palco”, contou.

Ao longo dos mais de 30 anos de carreira, Patrícia já pensou em desistir da música algumas vezes, mas a paixão pela arte sempre foi maior. Ela afirmou que encontrou um caminho ao evitar se expor e não sente saudades da fama que tinha quando criança.

“As pessoas dizem que eu cuspo no prato que comi, mas não tenho saudades nenhuma da fama e da exposição da época do Trem. Descobri que não gosto de fazer show, eu gosto de estúdio”, falou.

Guiada pelo single You Showed Me How, Patrícia prepara seu novo álbum autoral com músicas em diferentes idiomas – pensando sempre “em lançar para fora” – e organiza a sua autobiografia que deve ser lançada em breve. 

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